terça-feira, 26 de março de 2013

A visita do poeta ao Distrito de Buranhém na Bahia

>>> TRANSCRITO DO LIVRO AS RELÍQUIAS DOS RELÍQUIAS - CAPÍTULO 1 / De Nivaldo Duarte. Entre montanhas e estradas de terra, debaixo de um forte calor. Numa aventura entre uma curva e outra, o automóvel transita num ritmo diferente daquele que é comum em cidades grandes. O asfalto ainda parece distante de um lugarejo pequeno, que não da mostra de progresso. Os costumes são diferentes, muito se diverge do que se presencia em cidades mais evoluídas, mas nada se tem como perdas. O povo da pequena Buranhém não tem o mínimo se quer de inveja, do que acontece em torno de si. A vida simples faz parte de seus princípios, o que importa é viver a vida de forma saudável e mais proveitosa. Colocar as cadeiras do lado de fora na rua, passar algumas horas assentados num “bate papo” com os amigos, é o que eles mais gostam de fazer. Sem contar ainda, que a prosa pode até ser longa. Mas, não pode passar do horário. É que pelas bandas de lá, a turma gosta de dormir cedo e acordar antes do sol se por. Nem bem o sol aparece e eles já estão despertando para um novo dia de trabalho pesado nos sítios e fazendas nas redondezas. Acordam com os cânticos dos pássaros e os “cocoricar” dos galos a beira da porta das casas em busca de alimentos. Embora o sono pareça curto, dormir em meio à natureza, onde se respira ar puro e se ouve a orquestra das aves. É algo que exerce uma influencia diferente no interior de cada um, o que faz com que a noite pareça longa e suficiente para um repouso seguro e harmonioso. Já nas primeiras horas do dia, enquanto os homens se dirigem para o trabalho, carregando pequenos embornais com o lanche para forrar o estômago até chegar a hora do almoço. As donas de casa cuidam-se, em aquecer o fogão a lenha, para iniciar-se no preparo do almoço. Enquanto o feijão está a cozinhar, uma visita à pequena e farta horta se torna rotineira. Pois, é de lá que se tira a mistura que torna a comida ainda mais saborosa. Cenoura, quiabo, alface, chuchu, rabanete, mandioca, cebola, alho, agrião, batatas, cebolinha e mostarda. São ingredientes que não pode faltar, nem que seja preciso fazer um revezamento entre um elemento e outro. Mas na verdade a mesa tem que ter uma aparência saudável e nada melhor que fazer uso de algo que represente bem a natureza, com os sabores e cor da natureza! E por falar em almoço, o horário em que se serve a refeição não é nada comum ao que a gente esta acostumada a presenciar na cidade grande. Eu, cheguei a ouvir dizer que tem algumas pessoas, que tem o habito de almoçar as nove horas da manha e jantar as quinze horas. Pelo menos, em se tratando da família Relíquias e a maioria dos habitantes de Buranhém, onze horas fica de bom tamanho. E é por isso que o fogão é aquecido bem cedo. O cheiro do feijão, o som das aves e o vento a roçar em meu rosto me tornam com muito mais vigor, para curtir melhor cada dia, nesse pequeno e abençoado lugarejo. Tudo em volta parece inspirar-me a escrever e manter registrado cada momento, para compartilhar com os leitores, acerca de uma vida prazerosa e exemplar. Acostumado com a agitação de cidades grandes, depois de aventurar em capitais como Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Porto Alegre, dentre outras... Passar alguns dias longe da poluição, violência, barulho e correria comum aos moradores de cidades chamadas evoluídas. O sossego e a ligação direta com o verde das matas, a visão das montanhas em volta. E o silencio que nos faz ouvir até mesmo, o mugir das vacas a uma considerável distancia. O ambiente nos torna muito mais sensíveis ao que a vida pode proporcionar ao homem. TRANSCRITO DO LIVRO AS RELÍQUIAS DOS RELÍQUIAS / De Nivaldo Duarte. prnivaldoduarte@hotmail.com

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